quarta-feira, 8 de abril de 2015

Faísca

A gente sabe quando uma faísca vai virar um incêndio inteiro, a gente sempre sabe.
A gente sabe quando o incêndio inteiro vai destruir tudo, a gente sempre sabe.
E a gente sabe que a faísca é o coração bater por alguém que não pode saber que há faísca.
O nome daquela borboleta que voa por dentro do estomago e se multiplica quando pensa nas possibilidades impossíveis disso ser possível, se chama Faísca também. A Faísca vai ter que ficar lá dentro do meu estômago até morrer sufocada.
Sem oxigênio nada continua, tudo morre. Só não sei porque o meu coração continua nessa palpitação teimosa, mesmo depois de ter cortado todas as formas de alimentar essa loucura.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Quero te fazer um pedido...

Quero te fazer um pedido, mas vou fazê-lo por escrito para que assim as palavras me ajudem a organizar os meus sentimentos sempre tão confusos.
Peço com o coração apertado e doído e o corpo trêmulo que não me olhe nos olhos se eu não for a menina dos teus olhos.
Que não me segure à mão se para você já não seja mais necessário certificar-se que estou aqui.
Não sorria, por favor, se esse já não for mais aquele sorriso que vi pela primeira vez e que eu tinha absoluta certeza ser o motivo.
Vá embora, se a minha ausência já não for mais notada, vá embora se já não tiver mais vontade de me tomar nos braços e me levantar tão alto me dando a sensação de tocar o céu.
Me deixe sozinha agora se for me presentear com uma ausência por dia, e uma lágrima por noite.
Não quero receber meio amor, meio sorriso, meia presença.
Eu preciso me doar inteira, ou não me doar nada.
Eu preciso ter você comigo, ou ter você longe de mim.
Preciso de abraços inteiros, afagos inteiros.
E se enquanto estiver lendo tudo isso sentir que algumas dessas coisas já aconteceram, é hora de ir, já não sou mais sua menina.